Antes era apenas nos feriadões. Agora é a mesma coisa em qualquer época. As estatísticas fortalecem o noticiário, repleto de graves acidentes de trânsito, muitos dos quais envolvendo motoristas alcoolizados.
A falta de educação, reforçada pela imprudência e sensação de impunidade, rouba muitas vidas e deixa um rastro de sangue nas estradas e cicatrizes nos corações e mentes dos que sobrevivem à perda de parentes e amigos.
Essa dura realidade se agrava cada vez mais. Dados oficiais divulgados regularmente indicam que as mortes de jovens em acidentes de trânsito, nos últimos dez anos, cresceram mais de 30%.
O progressivo agravamento da violência no tráfego das vias públicas levou à Organização das Nações Unidas (ONU) a proclamar 2011-2020 como a década de ação pela segurança no trânsito.
Mas, cabe mudar a realidade que vivemos neste país. O investimento em educação precisa ser de no mínimo 10% do PIB (produto interno bruto). As leis de trânsito precisam ser mais rigorosas. As penas precisam ser maiores e realmente cumpridas.
O número oficial de mortos no Brasil vítimas de acidentes de trânsito é de cerca de 40 mil por ano. Porém, sabe-se que são contabilizados apenas aqueles que morrem no local do acidente. Muitos acreditam que esse número passe dos 50 mil mortos anuais.
A irresponsabilidade dos motoristas não deve nem pode ser tratada pela lei como simples acidente, quando, na verdade, é crime.
Cabe à sociedade, em sua legítima defesa, lutar por mais educação e pelo cumprimento de procedimentos que garantam os meios de provar a culpa dos motoristas alcoolizados e dos que dirigem de maneira insana. É preciso que as penas sejam mais rigorosas e de fato cumpridas. Por você, por nós, pelo futuro do Brasil.
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